Quem sou eu

Escritor,roteirista e pesquisador da história e cultura pantaneira, recebeu vários e importantes prêmios literários, entre os quais o “Brasília de Ficção”, com o romance “Raízes do Pantanal”. O conto, “Nessa poeira não vem mais seu pai”, ficou como finalista entre 967 concorrentes do Concurso Guimarães Rosa, promovido pela “Radio Françe Internationale” em Paris. O mesmo conto transformou-se numa peça de teatro produzida pelo Grupo Teatral Minas da Imaginação e, roteirizado pelo próprio Autor, num curta metragem infanto-juvenil, “A poeira”, atualmente exibido no Programa Curta-Criança 3 da TV-Brasil do Rio de Janeiro. O Conto "O caso de Joanita" foi roteirizado para um média metragem, dirigido e produzido por Reynaldo Paes de Barros. A sua obra é referência em teses monográficas e vem sendo analisada e estudada nas universidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Tem artigos, crônicas, contos, ensaios publicados em jornais, revistas, sites da Internet e entrevistas dadas a televisões e rádios nacionais e internacionais. Considera-se um ser mais biodegradável do que biografável, pois nasceu em Corumbá,MS, Cidade-Natureza.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


SOLIDÃO

                                                         Um conto de Luciano Alonso

Alberto estava triste, fazia já meses que não tinha vontade de fazer nada. Abria a geladeira sem vontade, olhava,olhava, pegava algo, murmurava coisas sem sentido e se arrastava devagarinho até o sofá. Experimentava todos os canais, nem sequer tinha forças para sentir raiva, apenas contrariedade. Não se dava ao trabalho de desligar a TV, abandonava a sala, deitava em sua cama e olhava para o teto, as vigas sob o eternit traziam-lhe a idéia de suicídio, pensava nas cordas que poderia usar para enforcar-se, divagou,  seus pensamentos correram pela mente, tinha preguiça, adormeceu.
Quando acordou viu que havia escurecido, sentiu medo. Estava só, nesses dias a depressão o impediu de sair de casa. Sentiu vontade de ver pessoas, parecia que não via pessoas há muito tempo. Era tarde, melhor ficar em casa. “Amanhã quando o sol nascer, quando amanhecer, tem tanta coisa que quero fazer, conhecer pessoas, olhar os jardins, andar...”.
Tomou um diazepam e adormeceu feliz pensando nas coisas legais que ia fazer no outro dia.




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