Quem sou eu

Escritor,roteirista e pesquisador da história e cultura pantaneira, recebeu vários e importantes prêmios literários, entre os quais o “Brasília de Ficção”, com o romance “Raízes do Pantanal”. O conto, “Nessa poeira não vem mais seu pai”, ficou como finalista entre 967 concorrentes do Concurso Guimarães Rosa, promovido pela “Radio Françe Internationale” em Paris. O mesmo conto transformou-se numa peça de teatro produzida pelo Grupo Teatral Minas da Imaginação e, roteirizado pelo próprio Autor, num curta metragem infanto-juvenil, “A poeira”, atualmente exibido no Programa Curta-Criança 3 da TV-Brasil do Rio de Janeiro. O Conto "O caso de Joanita" foi roteirizado para um média metragem, dirigido e produzido por Reynaldo Paes de Barros. A sua obra é referência em teses monográficas e vem sendo analisada e estudada nas universidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Tem artigos, crônicas, contos, ensaios publicados em jornais, revistas, sites da Internet e entrevistas dadas a televisões e rádios nacionais e internacionais. Considera-se um ser mais biodegradável do que biografável, pois nasceu em Corumbá,MS, Cidade-Natureza.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EXERCÍCIO DO ENCANTAMENTO

                                             Crônica de Augusto César Proença

Kelsang Palsang, que por incrível que pareça é brasileira, reside em São  Paulo e é uma pessoa zen desde quando se transformou numa monja budista, já há algum tempo deu uma entrevista à Revista Cláudia sobre um tema bastante curioso: o “Exercício do Contentamento”.

O que vem a ser isso? Não é nada mais do que um treinamento para ser feliz, quer dizer, a monja treina pessoas para a felicidade.

Para ela, que foi uma agitada militante política na época de ditadura e  sofreu as agruras do exílio, todo mundo pensa que felicidade é alcançar determinados sonhos, como sucesso profissional, ter casa bonita, um bom casamento, fazer viagens maravilhosas.

No entanto, segundo ela, muitas pessoas que já alcançaram essas metas perderam a graça, vivem entediadas, não se contentaram e estão sempre buscando algo novo, novas metas de vida.

Felicidade, para ela, então, não se encontra nas condições exteriores, depende da “mente” de cada um de nós. E uma maneira de se mudar a forma mental  é por meio da “meditação”

É claro que não precisa ser aquela meditação tradicional, a pessoa sentada, pernas cruzadas, totalmente absorta, olhando o vazio, nada disso! A técnica da monja é simples.

Ela aconselha que cada um preste atenção nas suas atitudes diárias como uma forma de meditar. É exercício que parece banal, mas traz, diz ela, enormes transformações por meio da “prática do contentamento”.

A pessoa pensa no que já se tem. Em geral, fazemos o contrário, olhamos para o que não temos, estamos sempre desejando coisas dos outros, buscando o que nos falta. Vamos perceber então que somos sadios, temos duas pernas para caminhar, olhos para olhar, voz para falar, sentimos o gosto dos alimentos, apreciamos um bom sorvete e por ai vai, até que chegamos à conclusão de que não possuímos quase nada para reclamar e tudo para se contentar. Ela promete que praticando constantemente esse “exercício do contentamento”, ele acaba criando em você uma motivação positiva e muito poderosa.

Entre outras verdades, a monja nos ensina também que precisamos de bens materiais, boa convivência com amigos, boa alimentação, relacionamento sexual constante, porque a paz interior não implica em abrir mão dos pequenos prazeres da vida.

E adverte: saber aceitar as dificuldades é uma forma de sabedoria!

Nestes tempos de tanta coisa horripilante acontecendo, tantas cenas de arrepiar nos são mostradas nos veículos de comunicação, que nos descontenta e às vezes até enraivece, será uma boa a gente praticar o exercício da monja para canalizar o pensamento às coisas positivas e assegurar a tranqüilidade e a paz  sempre  desejadas. É isso aí.












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