VELHAS PALMEIRAS
Augusto César Proença
Apesar da ingratidão dos homens vocês ainda resistem!
De longe são vistas lá da curva do grande S que o rio escreve na paisagem,
De perto são as guardiãs desta cidade centenária.
Viram chuvas de confetes e serpentinas caindo nos sonhos de muitos carnavais.
Escutaram apitos de antigas embarcações,
Tantas retretas, tantas paradas de 7 de Setembro!
Participaram de encontros de várias gerações,
Segredos de alcovas, desavenças, alegrias...
De tudo souberam guardar silêncio.
Velhas palmeiras da avenida,
Quisera eu afogá-las em abraços,
Apalpar suas sílabas,
Sentir seus sussurros,
Poder ouvi-las assim bem de perto,
Cantando em coro a canção da minha infância!
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